
Os custos com internação são um dos principais desafios enfrentados pelo setor de Saúde Suplementar. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2023, esses gastos representaram 36% dos sinistros em cooperativas médicas e 50% nas seguradoras, chegando a ultrapassar 60% em algumas carteiras. Embora os números de 2024 ainda não tenham sido divulgados oficialmente, projeções indicam que esse cenário deve se manter.
Com o aumento dos custos, empresas e operadoras de saúde estão adotando estratégias mais eficientes para gerenciar internações, equilibrando aspectos técnicos e financeiros para garantir qualidade no atendimento e otimização de recursos.
Gestão Inteligente de Internações: Como Funciona?
A gestão de internações é um processo que busca reduzir custos desnecessários e melhorar o atendimento ao paciente. Algumas das principais estratégias incluem:
- Auditorias de custos: identificação de cobranças indevidas e revisão de despesas hospitalares.
- Negociação de materiais e procedimentos: controle sobre o uso de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs).
- Análises criteriosas de internações: avaliação da pertinência de diárias hospitalares e procedimentos médicos.
- Monitoramento e visitas aos pacientes: acompanhamento próximo para garantir um tratamento adequado e evitar prolongamento desnecessário da internação.
- Coordenação com hospitais e operadoras: comunicação ágil para evitar erros e garantir que o paciente receba o melhor atendimento possível.
Essas ações não apenas reduzem custos, mas também melhoram a qualidade do atendimento, minimizando riscos de judicialização e proporcionando uma experiência mais segura e eficaz para os beneficiários.
O Futuro da Gestão de Saúde: Prevenção e Tecnologia
Apesar dos avanços na gestão de internações, um ponto crítico permanece: a necessidade de agir antes que a internação seja necessária. Muitas hospitalizações e cirurgias poderiam ser evitadas com um sistema mais eficiente de prevenção e monitoramento de saúde.
A tendência para 2025 é a integração de dados e o uso da tecnologia para prever riscos e atuar preventivamente. Entre as soluções mais promissoras estão:
- Ferramentas de predição de risco: uso de inteligência artificial para identificar pacientes com maior probabilidade de desenvolver doenças crônicas, como problemas cardiovasculares e osteomusculares.
- Monitoramento de saúde em tempo real: dispositivos tecnológicos que acompanham a saúde dos beneficiários e alertam para possíveis complicações antes que se tornem graves.
- Atenção primária fortalecida: incentivo ao acompanhamento médico regular e à prevenção de doenças, evitando internações desnecessárias.
- Acompanhamento pós-internação: equipes multidisciplinares auxiliando na recuperação dos pacientes para evitar complicações e reduzir novas hospitalizações.
Conclusão: Caminho para um Atendimento Mais Sustentável
Enquanto um sistema de saúde totalmente integrado ainda está em desenvolvimento, a gestão eficaz das internações já se mostra uma ferramenta essencial para reduzir custos, otimizar recursos e melhorar a experiência do paciente na Saúde Suplementar.
A adoção de estratégias preventivas, aliada ao uso inteligente da tecnologia, pode transformar a forma como os planos de saúde lidam com internações, garantindo um modelo mais sustentável e acessível para todos.
Se você deseja saber mais sobre as tendências da Saúde Suplementar e como se preparar para essas mudanças, continue acompanhando nosso blog!
Fonte: Revista Apólice